sexta-feira, 25 de junho de 2010

Moda Gotica


“A maioria dos góticos usam preto como a sua forma de se expressar fisicamente, mas variam em combinações de preto e outras cores. O estereótipo da moda gótica, às vezes denominado como visual romântico, apenas se encontra limitado pela imaginação e finanças do indivíduo, e pode muitas vezes incluir trabalhos elaborados de corseterie e conjugações de saias de baile, véus e mantos, utilização de eyeliner muito carregado, verniz preto, redes, cabelo armado e vários “empréstimos” da moda Isabelina e Victoriana. Também são populares as calças de lycra justas, botas de ponta bicuda, camisas de folhos e qualquer coisa que tenha fivelas! De um modo geral, a natureza dos eventos ditará o estilo a adoptar.

Ambos os sexos usam maquilhagem extremamente elaborada. O cabelo normalmente surge em tons de azul/preto. Ainda há que notar a existência de semelhanças entre a base da moda gótica e a maioria da roupa usada pelo black metal, o que pode complicar as coisas no que toca a distinguir os indivíduos de cada um dos estilos. A moda da cultura gótica, evoluindo do espírito do Punk, tem uma forte componente Do It Yourself, ou seja, é comum que a roupa de cada indivíduo seja feita por ele próprio, pois há poucas lojas que vendam acessórios ou roupa deste estilo, e as que vendem são muito caras.

Sendo uma evolução da roupa Punk, a roupa gótica mantém algumas das suas antigas características, como, por exemplo, o hábito de rasgar ou cortar as peças, e depois reparar os “estragos” com alfinetes d’ama ou outros artefactos parecidos, de modo a recriar uma imagem relativa a certos géneros mais conotados com o Punk ou Industrial. Esta técnica cria um efeito de costura descosida, que pode também ser recriado utilizando várias fivelas ao longo da linha de corte”

Goticismo


Atualmente, o termo "Gótico" vem sendo mais utilizado pela sociedade atual, começou a virar moda e por isso, ou melhor, talvez por isso, a maioria das pessoas já tenham ouvido falar de alguma música, na arquitetura ou na literatura gótica, as pessoas começaram então a estarem mais habituadas com esse nome. Outro fator importante para esse reconhecimento sobre o nosso ideal, é pelo "visual" ... quem nunca viu um grupo ou pelo menos uma pessoa andando pela rua vestida totalmente de preto, usando crucifixos, ankhs, pentagramas, com piercings e cabelo fora do comum? Vendo por este lado, infelizmente as pessoas se iludem pensando que muitas destas, são realmente góticos,mas não sabem que o fundamento do goticismo é atitude, e não visual. Outras ideologias também usam muito o "preto" no seu visual, e entre elas existem sempre uma atitude que contradiz o que a sociedade atual impõe, fazendo que ela seja contra esta tal ideologia, mas o problema é que esse desfavorecimento é geral, e na maioria dos casos, o preto é jogado para os góticos, que estão cada vez mais sendo julgados de rebeldes da sociedade ou adolescentes mimados. Muitas pessoas não conhecem a cultura gótica, ainda existe muito preconceito com ela, e por não conhecer, as pessoas tem medo, e por terem medo, acabam julgando esse estilo de viver. E por causa disso, acabam influenciando na nossa própria ideologia, como por exemplo, o medo dos Neogóticos assumirem que são góticos, por terem medo da reação da sociedade sobre eles, transformando a ideologia dentro de si como se fosse uma vergonha.

sábado, 12 de junho de 2010

gothic


o longo da história, o termo Gótico foi usado como adjetivo ou classificação de diversas manifestações artísticas, estéticas e comportamentais. Dessa maneira, podemos ter uma noção da diversidade de significados que esta palavra traz em si.

Originalmente, Gótico deriva-se de Godos, povo germânico considerado bárbaro que diluiu-se aproximadamente no ano 700 d.C.. Como metáfora, o termo foi usado pela primeira vez no início da Renascença, para designar pejorativamente a tendência arquitetônica, criada pela Igreja Católica, da baixa Idade Média e, por conseqüência, toda produção artística deste período. Assim, a arquitetura foi classificada como gótica, referindo-se ao seu estilo "bárbaro", se comparado às tendências românicas da época.

No século XVIII, como reação ao Iluminismo, surge o Romantismo que idealiza uma Idade Média, que na verdade nunca existiu. Nesse período o termo Gótico passa a designar uma parcela da literatura romântica. Como a Idade Média também é conhecida como "Idade das Trevas", o termo é aplicado como sinônimo de medieval, sombrio, macabro e por vezes, sobrenatural. As expressões Gothic Novel e Gothic Literature são utilizadas para designar este sub-gênero romântico, que trazia enredos sobrenaturais ambientados em cenários sombrios como castelos em ruínas e cemitérios. Assim, o termo Gothicism, de origem inglesa, é associado ao conjunto de obras da literatura gótica. Posteriormente, influenciado pela Literatura Gótica, surge o ultra-romantismo, um subgênero do romantismo que tem o tédio, a morbidez e a dramaticidade como algumas características mais significativas.

No final da década de 70 surge a subcultura gótica influenciada por várias correntes artísticas, como o Expressionismo, o Decadentismo, a Cultura de Cabaré e Beatnick. Seus adeptos foram primeiramente chamados de Darks, aqui no Brasil, e curtiam bandas como Joy Division, Bauhaus, The Sisters of Mercy, entre tantas outras. Atualmente, a subcultura gótica permanece em atividade e em constante renovação cultural, que não se baseia apenas na música e no comportamento, mas em inúmeras outras expressões artísticas.

Nos meados da década de 90, viu-se emergir uma corrente cultural caracterizada por alguns elementos comportamentais comuns ao romantismo do século XVIII, como a melancolia e o obscurantismo, por exemplo. Na ausência de uma classificação mais precisa, esta corrente foi denominada Cultura Obscura. Porém, de forma ampla e talvez até equivocada, o termo Goticismo também é usado para denominá-la.

Há algumas semelhanças entre Cultura Obscura e Subcultura Gótica. Mas há também diferenças essenciais que as tornam distintas. Por exemplo, a Cultura Obscura caracteriza-se por valores individuais e não possui raízes históricas concretas como a subcultura gótica.

Entre os apreciadores da Cultura Obscura, é possível determinar alguns itens comuns, como a valorização e contemplação das diversas manifestações artísticas. Além de uma perspectiva poética e subjetiva sobre a própria existência; uma visão positiva sobre solidão, melancolia e tristeza; introspecção, medievalismo, entre outros.

Sintetizar em palavras um universo de questões filosóficas, espirituais e ideológicas que agem na razão humana, traz definições frágeis e incompletas de sua essência. Obscuro, Sombrio ou Gótico podem ser adjetivos de diversos contextos e conotações. Mas é, principalmente, o espelho que reflete uma personalidade.

sirenia








No começo de 2001, Morten Veland, integrante e fundador do Tristania, banda referência mundial do cenário Gothic/Doom Metal, deixa sua banda para montar o Sirenia. Conhecido por uma legião de fãs ao redor do mundo, Veland não demorou muito a despontar com sua nova banda norueguesa e mostrar seu talento com a seqüência do estilo que o consagrou, mantendo os vocais guturais e as guitarras estilizadas como sua marca registrada.
Após sua saída do Tristania, Morten restabelece contato com sua antiga gravadora, a Napalm Records, e seu produtor, Terje Refnes do Sound Suite Studios. Ele convida para integrar a banda Kristian Gundersen, grande amigo, que se encaixa perfeitamente nas inclinações musicais de Morten. Gundersen é guitarrista e executa partes de vocais limpos. Também é integrado a banda, o tecladista Hans Henrik Varland, grande músico vindo de Stavanger, a cidade natal da banda.
Logo em seu trabalho inicial, At Sixes and Sevens gravado no final de 2001 e lançado no começo de 2002, o Sirenia já atrai grande público e começa sua trajetória de sucesso. O álbum contém 9 músicas e é marcado pela mistura do doom/black metal com música clássica e algumas passagens mais "darks". Para fazer os vocais femininos foi convidada a fabulosa cantora francesa Fabienne Gondamin. Também contribui com a gravação do álbum, o famoso violinista Pete Johansen (The Sins of Thy Beloved, The Scarr, Tristania), dando um toque especial de emoção às canções. O coral Francês foi contratado para executar várias partes no opus, e os cantores clássicos fizeram um maravilhoso trabalho. Igualmente, Jan Kenneth Barkved (Elusive), emprestou sua voz ao Sirenia e adicionou seus vocais limpos que foram acrescentados para uma maior diversidade desse lançamento.
Com tanto empenho e tantas feras da música, At Sixes and Sevens acaba sendo uma grande obra com belos arranjos e uma atmosfera freqüentemente alternada entre o peso das guitarras e urros e a melancolia dos vocais clássicos e violinos.
Em 2003 o baterista Jonathan Perez e a bela Henriette Bordvik são incorporados à banda. No mesmo ano a banda sai em turnê para divulgar o álbum.
No final do mesmo ano começam as gravações do novo álbum, que viria a se chamar An Elixir Of Existence. Lançado no começo de 2004, esse novo trabalho, aparenta ser uma continuidade do primeiro. As composições continuam bem arranjadas e produzidas, com muitas variações melódicas e cheias de detalhes. As guitarras, entretanto, estão mais presentes e distorcidas do que nunca e a linda voz de Henriette contribui muito para a boa sonoridade das canções. Os destaques ficam com A Mental Symphony, In My Darkest Hours e com Star-Crossed, que chega a lembrar Dimmu Borgir.
Em agosto de 2004 o guitarrista Kristian Gundersen se desliga da banda, pensando em dedicar-se a seus outros projetos. Pouco depois, é o baterista Jonathan Perez que deixa a formação. No final de 2004 o Sirenia entra em turnê, agora já com o baterista Roland Navratil, do Edenbridge. A banda se apresenta juntamente com Tiamat, Theatre of Tragedy e Pain.
Em fevereiro de 2005, o Sirenia lança um EP intitulado Sirenian Shores, com apenas cinco faixas, sendo três inéditas. O EP agrada bastante os fãs do Sirenia e serve como um aperitivo do que virá pela frente.
Em setembro, a vocalista Henriette Bordvik deixa o Sirenia. Apenas em abril de 2006, a banda anuncia a nova vocalista, a dinamarquesa Monika Pedersen. Em meados deste mesmo ano, os músicos dão início aos trabalhos para o novo álbum, que seria concluído apenas em setembro.
Finalmente, em fevereiro de 2007, o Sirenia lança oficialmente o álbum Nine Destinies and a Downfall. Neste novo trabalho, as nove faixas são bastante variadas entre si; mas não é possível afirmar que o Sirenia tenha abandonado o estilo dos trabalhos anteriores. Mesmo assim, alguns elementos eletrônicos somados ao timbre de voz de Monika, atribuem uma atmosfera diferente a que os ouvintes mais atentos estão habituados.
Em março de 2007, são disponibilizados na Internet, os videoclipes das faixas The Other Side e My Mind’s Eye, do trabalho mais recente. Nos meses seguintes a banda se apresenta em festivais na Noruega, Alemanha, Dinamarca, entre outros. Entretanto, em novembro, Monika anuncia sua saída da banda alegando "diferenças musicais". Dessa forma, o Sirenia cancela uma turnê que seria realizada juntamente com a banda sueca Therion.
O ano de 2008 foi um período de mudanças e transições. Em abril, a banda anuncia a espanhola Ailyn, de 26 anos, como nova vocalista. No mês seguinte, o guitarrista Bojnar Landa deixa a formação para dedicar-se aos estudos. Michael Krumins é anunciado como novo guitarrista.
O novo trabalho é lançado em janeiro de 2009. The 13th Floor traz nove faixas inéditas e as primeiras participações de estúdio de Michael e Ailyn. O álbum resgata um pouco as melodias e arranjos mais complexos dos primeiros discos. Ailyn demonstra-se competente e segura nos vocais; enquanto as letras mantém a linha introspectiva e agressiva comuns às composições de Veland.
Desde o início de sua carreira, o Sirenia provou não ser uma "continuidade" do Tristania, ou apenas mais uma banda a integrar o vasto cenário do Metal noruguês. A banda tem uma identidade própria e consolidada ao longo de seus álbuns, singles e turnês.